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Especialidade Radioterapia

Sociedade Brasileira de Radioterapia

Site http://www.sbradioterapia.com.br/

Quando da fundação do Colégio Brasileiro de Radiologia, em 11 de setembro de 1948, o elo de união entre os radiologistas e os radioterapeutas eram os Raios X, descobertos por Roentgen. Na época, eram poucos os médicos que utilizavam os Raios X e geralmente o faziam para diagnóstico e também para tratamento. Portanto, era lógico que se agrupassem em uma só entidade. O exemplo maior que tivemos foi o do Dr. Mathias Octávio Roxo-Nobre, radiologista e radioterapeuta, que assinou a ata de fundação do CBR, em 1948. Em 1959, quando esta entidade se instalou definitivamente em São Paulo, cedeu, gentilmente, sua sala, na Av. Angélica, 1170 onde, durante oito anos, funcionou a Secretaria Executiva do Colégio.

O tempo foi passando e novas tecnologias incorporadas: o ultra-som, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, além de um grande número de isótopos que passaram a ser utilizados pela medicina nuclear. Hoje, é mais apropriado falar em Centro de Diagnóstico por Imagem do que Centro de Radiodiagnóstico. Assim, novos departamentos com novas vice-presidências, foram criadas no CBR: Ressônancia Magnética, Ultra-sonografia, Medicina Nuclear entre outras, todas relacionadas com o diagnóstico, continuando a Radioterapia como a única vice-presidência não ligada à imagenologia diagnóstica.

Ao mesmo tempo, a Radioterapia passou a utilizar aparelhos sofisticados e muito eficientes, diferentes dos primitivos utilizados em Roentgenterapia. Assim, chegaram as unidades de cobalto, os aceleradores lineares, os simuladores, os sistemas computadorizados de planejamento e os equipamentos de alta taxa de dose, com novos isótopos radioativos para Braquiterapia. Todos estes equipamentos, diferentemente dos da radiologia, são dedicados, unicamente, ao tratamento das neoplasias malignas.

Enquanto os exames para diagnóstico estão na base da pirâmide da população com sintomas e/ou sinais de doenças, ou mesmo na busca ativa de doenças, a Radioterapia está no ápice, representada por pequena parcela que tem um diagnóstico determinado.

A demanda do número de médicos ligados à área de diagnóstico é muito grande, em desproporção a dos Radioterapeutas, ocasionando cada vez menos peso destes dentro do CBR. Os editoriais, circulares e demais manifestações do CBR em defesa de novas tabelas de honorários ou em defesa da classe, sistematicamente, não fazem referência à Radioterapia e só contemplam a área de diagnóstico. Muitos radioterapeutas, descontentes com esta situação, se afastaram do CBR. Isto pode resultar em um círculo vicioso que tende levar a Radioterapia a uma total falta de representatividade. Os nossos interesses, objetivos e problemas não são os mesmos dos radiologistas. E, como se diz em Barretos, "quem vai na garupa não põe a mão na rédea", não conduz o cavalo.