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Médica Utiliza Pote de Plástico Como Capacete de Oxigênio para Salvar Bebê

Publicado em 26/09/2014 às 16:01

Essa notícia infelizmente é apenas mais um exemplo dos muitos que ocorrem no Brasil onde profissionais médicos são submetidos a total falta de condições mínimas de atendimento e trabalho.

Para salvar vidas, médicos brasileiros fazem de tudo com quase nada. Mas eles não querem ser heróis. São profissionais que exigem condições dignas de trabalho para cuidar da saúde e lutar pela vida das pessoas. Assim, eles cumprem a missão de todo médico.

Um pote de plástico acabou sendo usado como um capacete de oxigênio neonatal para salvar a vida de um bebê, no Hospital Regional de Dianópolis, sudeste do Tocantins. O utensílio de cozinha foi usado para o tratamento da criança que nasceu prematura. O capacete de oxigênio serve para facilitar a troca de gases no pulmão, reduzindo o trabalho respiratório do paciente. Mas pela falta do material, os profissionais da unidade tiveram que improvisar para salvar a vida do recém-nascido.

Pote de Plástico

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) confirmou o caso nesta sexta-feira (26). Segundo o órgão, o bebê nasceu no dia 20 deste mês, durante um parto domiciliar em Ponte Alta do Bom Jesus, também na região sudeste do estado. A secretaria explicou que ele estava com problemas respiratórios, foi atendido e estabilizado.

O caso só ganhou repercussão nas redes sociais nos últimos dias, após um vídeo ser publicado em um perfil da internet. Do material, os internautas fizeram uma imagem que foi compartilhada em vários perfis. Nos comentários, os usuários da rede se mostraram indignados com a situação da criança.

Secretaria Estadual de Saúde

De acordo com a Sesau, o hospital é equipado para atendimentos de urgência e emergência e dispõe de material para atendimento em casos de insuficiência respiratória. O problema, conforme o órgão, é que no dia que o recém-nascido foi atendido, todos os equipamentos estavam ocupados em outra emergência.

A Sesau explicou que os profissionais improvisaram para manter a criança viva, até a chegada de uma ambulância que iria transferi-la para o Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas. A transferência só aconteceu no dia seguinte (21).

O órgão informou ainda que o bebê continua internado na UTI da unidade e que ele passa bem, está estável, com boa evolução, sendo acompanhado pela equipe multiprofissional da maternidade.